Boicote à coleção da Arezzo.

A AREZZO lançou a coleção PELE MANIA, que deu o que falar. Verdade seja dita, matar pobrezinhas de raposas e coelhinhos não dá. Mas e o couro bovino, de cabra(pelica), avestruz, cobra e por aí vai, as pessoas não ficam com pena dos bichinhos não?

Pensei no quanto as pessoas estão sendo contraditórias em julgar os que usam peles de animais, se a todo momento nos deparamos e vemos usando couro por todos os lados, em carros...

Confirmando o que disse Júlia Petit, no ínicio do ano em seu blog, o mercado de peles nunca esteve falido, basta dar uma volta pela semana de moda de Paris de alta costura.

Da mesma forma que há vegetarianos ignorantes, há os carnívoros.

 

Ser vegetariano não é a única coisa certa, há muitas outras questões a pensar, mas muitas pessoas são simplistas e se fecham em suas questões sem pensar de forma globalizada, sobre a corrente que move o mundo.

 

A perda de água, por exemplo, é imensa na criação de gado, perda porque se trata de água poluída que jamais retorna para o meio ambiente. Tanto na criação, abate e fabricação do couro, também na rega do pasto. Quando você opta por não servir carne no jantar, poupa 15 mil litros de água sozinha.

 

Além da crueldade na fabricação de couro, este método ainda é muito poluente e caro, sendo mais barato a fabricação de vestuário com material alternativo, que apesar de também consumir recursos naturais e não ser inócua para o planeta, ainda é a melhor opção para a preservação da terra e da vida animal e apenas não cresce por causa da falta de procura.

Financeiramente não é fácil para todo mundo descartar o que já tem para renovar seu vestuário, mas é possível fazer aos poucos e alguns produtos sintéticos são muito mais baratos que o couro e os ecológicos apesar de serem mais caros, duram mais tempo em boas condições.

 

“Investigações recentes feitas em fazendas de peles nos Estados Unidos descobriram que os métodos de criação e abate de animais são cruéis. Muitos animais são mantidos em jaulas imundas e de tamanho inadequado. Têm feridas, fraturas expostas, infecções respiratórias e tumores cancerígenos que jamais são tratados por veterinários. Para não danificar a pele, há duas formas mais usuais de abate: a quebra da coluna cervical e a eletrocussão anal (uma ferramenta carregada eletricamente é introduzida no reto, literalmente “fritando” os órgãos internos do animal). Algumas vezes os animais ficam apenas atordoados e acordam enquanto estão sendo esfolados, sofrendo dores atrozes ainda vivos. Animais silvestres que têm seus membros presos em armadilhas sofrem tanta dor que literalmente comem suas patas para tentar escapar. Incapazes de comer, ingerir água ou de se defender contra predadores, passam dias presos. Muitos morrem antes mesmo do caçador chegar para coletá-los. Se sobrevivem, são mortos a pauladas para que se evite qualquer dano à pele.” (PEA)

Os bois também sofrem com essa ferramenta introduzida no anus, assim ficam paralisados e facilita a vacinação e exames. Isso para eles é apenas parte de suas rotinas.

Então pense no que realmente se está julgando com razão ou não, fica por sua conta.... Até porque hoje num mundo em que todos querem posar de ambientalmente corretos, fazer uma publicidade dessa é ignorar as regras de marketing.

Quanto a AREZZO, estará recolhendo em todas as suas lojas essa coleção, tomaram a decisão após protestos e forte pressão inclusive na internet.

Existem tantos materiais alternativos de boa qualidade, como couro sintético. Nada justifica matar bichos pela moda.

O couro está sendo a última coisa que estou abandonando, já não é fácil achar quem faça sapato por encomenda e mesmo estes não usam o couro sintético, ecológico ou Chlorenol, muito mais confortável por permite a pele respirar, por algum motivo sai mais caro.

E vocês, o que acham?

Carol Stofella