26 de agosto de 2010

Cópia ou inspiração?


Bolsas Goyard (assumidamente fake) a venda em NY.

Alexa inspired, a venda na Arezzo.


Mais modelos ïnspired ( Alexa Ps1 e Balenciaga), essas são da Pop Up Store.

Alexa inspired e Coco Coccon - na Renner!!!

Tem desde loja popular como a Renner até loja de patricinhas como a 284 ( Helena Bordon ) e a Pop Up, da filha de Roberto Justus, adotando a idéia de bolsas do tipo inspired. E você, acha bacana?

No blog de Chanel na lage, vi uma comparação e repasso para vocês:

"Inspiração é um estímulo de qualquer ordem que nos leva a criar algo. Poetas se inspiram, pintores se inspiram, escritores se inspiram, estilistas se inspiram, eu me inspiro, um juiz se inspira, um ator se inspira, nós nos inspiramos. Em quem? Em quê? Ora, em outros artistas, num certo estilo de escrever ou em vários deles, numa forma de se expressar, no desabrochar de uma flor, numa fotografia, numa tarde de chuva, numa sentença escrita com firmeza e sapiência por outro juiz, num conjunto de várias dessas coisas, enfim, você escolhe. Podemos nos inspirar em mil coisas. Podemos inclusive deixar que esse elemento de inspiração transpareça nas nossas criações, nos nossos atos, no nosso trabalho, na nossa atuação ou inclusive no nosso sorriso. Um olho apurado pode até descobrir quais foram/são as nossas inspirações. Elementar, não? Sim, para mim e para você. Infelizmente, algumas pessoas dão a impressão de que faltaram às aulas de artes manuais do Jardim I e que, portanto, não sabem do que estamos falando. Na verdade, elas sabem muito bem, sim. Só que tentam deturpar esse conceito básico, custe o que custar. Espertchinhas.

Cópia é uma reprodução de algo. Eu fiquei com vontade de ser tautológica e dizer: cópia é cópia. Porque cópia é cópia e ponto final.


Inspirar-se por si só não é uma coisa bonita e copiar por si só não é uma coisa feia. Você pode se inspirar num poeta de quinta categoria e jogar o seu projeto de ficar famoso no youtube por água abaixo, assim como você pode copiar as técnicas de estudo daquela sua prima legal e responsável e passar no vestibular dos seus sonhos.


No caso dessas bolsas de moletom, não há um argumento sequer capaz de sustentar que não se trata de uma cópia feia, muito feia. Lamentável. Especialmente porque esse pessoal que está copiando esses modelos de bolsas de grandes e renomadas marcas internacionais e fabricando-as com os piores materias possíveis são pessoas jovens. Sim, pessoas. Me recuso a usar o termo empresários. Onde está o empreendedorismo e a criatividade dessa gente? Em que lugar a inteligência e o bom senso delas se perdeu? Esses jovens de baixo nível usam tudo tóxico, diria a senhora minha vizinha. E o pior é que não se trata apenas de falta de talento, de ausência total de criatividade, de oportunismo e de péssimos e predatórios hábitos empresariais; se trata também de falta de ética e inclusive de compromisso com os próprios clientes."


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